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1 - O Professor, o aluno, o giz, a lousa e a tecnologia 1.1 - .O Ensino
na sala de aula |
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"Os alunos dos tempos atuais, independente
da camada sócio-econômica a que pertençam, estão acostumados à velocidade das
informações, dos gráficos, das artes animadas e outros recursos tecnológicos
utilizados pelas programações audiovisuais que visam facilitar a compreensão das
notícias, a informação dinâmica, sintética e rápida que não favorecem a reflexão
crítica mais demorada. Ao entrar na sala-de-aula, via de regra, os alunos encontram
professores que só dispõem de giz, lousa e verbalização para transmitir o saber
historicamente acumulado que precisa ser apreendido e apropriado pelos estudantes. O
choque é instantâneo. Esta distância entre a dinâmica do mundo atual e a forma
tradicional de ensino gera desinteresse, desmotivação e conseqüentemente dificuldade e
morosidade no processo de aprendizagem por parte do aluno." (1) |
Soa
o sinal. Os alunos, em fila, entram na sala. Nas paredes, grandes esquadros, compasso para
giz, uma régua de cento e cinqüenta centímetros. As carteiras, duplas, acomodam
cadernos, livros e demais materiais. O professor, solene conhecedor de tudo, confere a
presença. Discorre sobre o conteúdo do dia e escreve a matéria na lousa. Inicia a
explicação do tema de hoje, isolado do mundo. A relação entre seu conteúdo e fatos
extra-classe não requer atenção.
Entre
copiar e dar atenção ao professor o aluno tenta acompanhar e entender, temendo a
sabatina e a palmatória.
Ao
final da aula, o dever de casa. A preocupação maior: concluir a tarefa. O aprendizado
fica em segundo plano.
Em
primeiro momento, parece-nos um filme retratando uma sala de aula inglesa do século
passado.
Com
a evolução do ensino muitas ações educativas foram abolidas, como a palmatória,
Outras foram transformadas, como a sabatina. Novos processos foram adotados. |
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"O Educador precisa estar à altura de seu
tempo." (2) |
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Os
"administradores educativos" procuraram adotar novos conceitos na forma de
ensinar. Percebeu-se a importância em contextualizar o conteúdo procurando maior
rendimento no aprendizado. O uso da oratória, lousa e giz deixaram de ser os únicos
recursos em sala de aula. Passou-se a buscar formas para permitir visualizar os exemplos.
Uma nova fase veio agregar à aula recursos para auxiliar o professor. O livro, com sua
importância até hoje e por muito tempo destacada, ganhou companheiros: o Globo
terrestre, o mapa e outros auxiliares. Com o avanço da tecnologia surgem os acetatos e os
retroprojetores. As transparências passam a auxiliar na construção do conhecimento,
oferecendo apresentações projetadas, preparadas com calma e antecedência, substituindo
a lousa em alguns tópicos.
Lentamente
o projetor de slides entrou como auxiliar ao professor de geografia, ganhando espaço para
as demais aulas.
Recursos
audiovisuais passaram a ser apoio fundamental para as aulas em classe. O videocassete, o
computador e a multimídia vem contribuir com os recursos que tornam uma aula mais
interessante. |
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1 - BALAN, Willians
Cerozzi, Comunicação Núcleo de Pesquisa e Produção em Multimeios
para a Educação: uma
ferramenta necessária na era do conhecimento, apresentada
no Simpósio Tecnologias da
Informação e da Comunicação em Educação à Distância, Rio
de Janeiro, Agosto/97.
2 - Paulo Freire. Entrevista concedida à repórter Amália
Rocha da TV Cultura, em 1993, (gravada
em vídeo).
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