Com
o avanço dos sistemas de vídeo, da informática e outros meios de comunicação cada vez
mais rápidos para difusão da informação, entra em discussão a utilização destes
meios no processo do ensino nas escolas em seus diversos níveis.
GUATTARI
(1)
afirma que "agora é a máquina que irá ficar sob o controle da subjetividade, não
de uma subjetividade humana reterritorializada mas de uma subjetividade maquínica de um
novo gênero". e "com a temporalidade introduzida pelos microprocessadores,
quantidades enorme de dados e de problemas podem ser tratados em lapsos de tempo
minúsculos, de modo que as novas subjetividades maquínicas não param de adiantar-se aos
desafios e aos problemas com os quais se confrontam". Afirma ainda que "a mídia
e as telecomunicações tendem a duplicar as antigas relações orais e escriturais".
LYOTARD
(2)
diz que "na análise do sentimento estético encontra-se em jogo a análise do estado
de uma comunidade em geral. Aquilo que está em jogo na recepção das obras é o estatuto
de uma comunidade sentimental, estética, bastante "anterior" a qualquer
comunicação e a toda pragmática.", e faz uma pergunta: "o que ocorre com o
sentimento estético quando situações calculadas são propostas como estéticas?".
Considerando
estas colocações, o sistema atual de ensino, a velocidade e penetração que os avanços
tecnológicos de comunicação tem sobre a população e em particular junto às crianças
e adolescentes, a diferença entre a retenção da informação passada a alunos pela
forma de ensino tradicional, tendo como recursos didáticos a lousa e o giz, e a
retenção da informação quando utilizados recursos como vídeo e computador em sala de
aula são em muito desproporcionais.
Porém
discute-se que a utilização de novos recursos didáticos como vídeo e computador limita
o senso de pesquisa e provoca o entregar ao aluno informações prontas, já mastigadas e
que o resultado desta ação não desenvolve o potencial do mesmo.
O
ensino segue hoje praticamente os mesmos métodos didáticos já utilizados há muito
pelas escolas. Acrescentou-se, como já citei, retroprojetores, projetores de slides e
alguns outros instrumentos como recursos didáticos, porém temos presenciado a
resistência de alguns professores na utilização de recursos mais avançados. Ou por
desconhecimento dos equipamentos e seus recursos, ou por receio que venham a ser
substituídos por vídeos ou computadores.
Acredito
que o uso adequado dos recursos tecnológicos vem de encontro com a necessidade e
expectativa do aluno junto à escola.
Bem
utilizados, os recursos proporcionarão um grau de aprendizagem com maior eficácia além
da valorização do próprio professor que, ao contrário do que se possa vir a pensar,
poderá passar seus conhecimentos com mais segurança e estará mais próximo da realidade
extra-classe do aluno.
Afinal,
fora da escola o aluno vive a televisão, o computador, a multimídia, a Internet, enfim,
vive uma realidade completamente diferente daquela que encontra na escola.