A
televisão tem presença marcante na vida do jovem atual. Segundo as pesquisas sobre o
tempo dedicado à televisão (1) o brasileiro consome em
média quatro horas diárias frente a um aparelho receptor de televisão.
O
computador é outro equipamento que já faz parte do dia a dia do jovem. Desde seu
surgimento, o computador passou a ter uma vida conjunta com todas as áreas profissionais,
de laser e de informação.
A
criança tem seu primeiro contato com o computador à partir do vídeo-game. Jogos cada
vez mais complexos vem dominando o interesse infantil.
Ao
acompanhar as compras em supermercados, o adolescente se vê diante de um terminal que ao
ler o código de barras já informa o produto, seu preço e sua validade com muita
agilidade.
Junto
com seu pai, vê a agilidade de um saque bancário em um terminal remoto ou as
informações de movimentações financeiras no próprio computador doméstico,
utilizando-se de um modem e uma linha telefônica.
Quando
necessita uma pesquisa, prefere consultar um CD-ROM em sistema multimídia, onde as
respostas chegam muito mais rápidas do que ficar revirando folhas e mais folhas de um
livro ou atlas.
Na
busca de uma tradução, ou simplesmente querendo o significado de um verbete, prefere-se
digitar a palavra em um dicionário eletrônico do que procurar alfabeticamente nas folhas
de um dicionário tradicional.
No
trabalho, o jovem prefere procurar o CEP, Código de Endereçamento Postal, de um cliente
utilizando-se do micro computador, do que revirar o longo livro fornecido pelos correios.
Enfim,
no dia a dia o jovem tem uma ligação muito íntima com a tecnologia cada vez mais
rápida e mais acessível. Este dinamismo da informação passou a fazer parte da cultura
desta nova geração.
O
neuro-lingüista Lair Ribeiro (2) afirma que no mundo
atual, o homem, para manter-se atualizado, necessita ler pelo menos quatro obras
especializadas em sua área por mês e que a quantidade de informação cresce a uma
proporção tal que a cada quatro anos dobra-se a quantidade de obras que necessitam ser
lidas. Fazendo uma projeção, teremos que em doze anos, o profissional deverá ler pelo
menos trinta e duas obras de sua área para manter-se atualizado.
No
processo normal, o escrito, de difusão da informação, o homem terá que passar o dia
todo desde a hora que levanta até a hora de dormir lendo, acumulando informação, porém
sem ter tempo para aplicar seus conhecimentos acumulados.
Nesta
teoria percebe-se que o formato de transmissão da informação também precisa evoluir.
Evoluir na especialização e fragmentação cada vez maior das áreas e evoluir no
processo de difusão da informação.
A
fragmentação das especializações já vem ocorrendo em praticamente todas as áreas. A
medicina é um exemplo bem conhecido.
Porém
a evolução do processo de difusão da informação não vem ocorrendo nas escolas.
Continua-se utilizando o mesmo processo de quando nem existiam rádio e TV.
Com
tudo isso, o estudante tendo em sua vida cotidiana a agilidade em todos os aspectos,
quando chega na sala de aula há um choque: dá a impressão que atravessou um túnel do
tempo entrando em um mundo onde a realidade não evoluiu.