APLICAÇÃO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS NA EDUCAÇÃO

 

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Índice

1 - O Professor, o aluno, o giz, a lousa e a tecnologia

       1.3 - .O cotidiano da geração atual

                 A televisão tem presença marcante na vida do jovem atual. Segundo as pesquisas sobre o tempo dedicado à televisão (1) o brasileiro consome em média quatro horas diárias frente a um aparelho receptor de televisão.

                 O computador é outro equipamento que já faz parte do dia a dia do jovem. Desde seu surgimento, o computador passou a ter uma vida conjunta com todas as áreas profissionais, de laser e de informação.

                 A criança tem seu primeiro contato com o computador à partir do vídeo-game. Jogos cada vez mais complexos vem dominando o interesse infantil.

                 Ao acompanhar as compras em supermercados, o adolescente se vê diante de um terminal que ao ler o código de barras já informa o produto, seu preço e sua validade com muita agilidade.

                 Junto com seu pai, vê a agilidade de um saque bancário em um terminal remoto ou as informações de movimentações financeiras no próprio computador doméstico, utilizando-se de um modem e uma linha telefônica.

                 Quando necessita uma pesquisa, prefere consultar um CD-ROM em sistema multimídia, onde as respostas chegam muito mais rápidas do que ficar revirando folhas e mais folhas de um livro ou atlas.

                 Na busca de uma tradução, ou simplesmente querendo o significado de um verbete, prefere-se digitar a palavra em um dicionário eletrônico do que procurar alfabeticamente nas folhas de um dicionário tradicional.

                 No trabalho, o jovem prefere procurar o CEP, Código de Endereçamento Postal, de um cliente utilizando-se do micro computador, do que revirar o longo livro fornecido pelos correios.

                 Enfim, no dia a dia o jovem tem uma ligação muito íntima com a tecnologia cada vez mais rápida e mais acessível. Este dinamismo da informação passou a fazer parte da cultura desta nova geração.

                 O neuro-lingüista Lair Ribeiro (2) afirma que no mundo atual, o homem, para manter-se atualizado, necessita ler pelo menos quatro obras especializadas em sua área por mês e que a quantidade de informação cresce a uma proporção tal que a cada quatro anos dobra-se a quantidade de obras que necessitam ser lidas. Fazendo uma projeção, teremos que em doze anos, o profissional deverá ler pelo menos trinta e duas obras de sua área para manter-se atualizado.

                 No processo normal, o escrito, de difusão da informação, o homem terá que passar o dia todo desde a hora que levanta até a hora de dormir lendo, acumulando informação, porém sem ter tempo para aplicar seus conhecimentos acumulados.

                 Nesta teoria percebe-se que o formato de transmissão da informação também precisa evoluir. Evoluir na especialização e fragmentação cada vez maior das áreas e evoluir no processo de difusão da informação.

                 A fragmentação das especializações já vem ocorrendo em praticamente todas as áreas. A medicina é um exemplo bem conhecido.

                 Porém a evolução do processo de difusão da informação não vem ocorrendo nas escolas. Continua-se utilizando o mesmo processo de quando nem existiam rádio e TV.

                 Com tudo isso, o estudante tendo em sua vida cotidiana a agilidade em todos os aspectos, quando chega na sala de aula há um choque: dá a impressão que atravessou um túnel do tempo entrando em um mundo onde a realidade não evoluiu.

1 - Revista especializada Meio & Mensagem

2 - RIBEIRO, Lair. O sucesso não ocorre por acaso.

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